terça-feira, 3 de novembro de 2009

Chuva

Levou algumas gotas daquela chuva para casa. Era o dia, dia que não alerta cabeça pra lembrança, dia que procura a cama pela esperança de melhoras. Já estava calvo partido sem brilho e com barriga rendida as desvontades, sem mesmo estar velho via num espelho que não refletia o presente.Era justo que o tempo apertasse assim, pensava F., enquanto mirava a pele do papel sem curvas, uma promessa de corpo que excita, pois era dos fios de fôlegos viajantes que compunha algumas respiradas breves.Finalmente mirou a caneta defronte ao papel, mas o que era a ameaça de uma idéia para ser digerida pelos seus futuros devotados, revelou-se na verdade, um lembrete de pensamento: “Gil ficou de passar aqui hoje “para dar uma mexida nas crônicas, que, no bar de Manoel ele propagandeou, aos balbuciares alcoólicos, estarem prontas formidáveis e “esperneadas” (expressão , uma das poucas, que evitou Gil de terminar seu chope num gole único, dado a certa curiosidade que os moldes de sua testa, explicitaram muito bem.

Não lembrava quem tinha pago a conta naquela noite, nem se Mari teria tomado muito copos e ficado de poucas roupas. E, claro, naquela hora não o passaria na cabeça que há dias as palavras o viam como um abismo sem volta. Passou a mão na cabeça, acariciando-a gentilmente, na tentativa rasa de convencê-la a trabalhar mais mas não.Não havia textos .Os que nasceram doentes já definharam em algum lixo sorteado de embalagens de remédios.Não haviam crônicas, nenhuma história má bem contada, nenhuma genialidade em papelada, nenhuma explicação da inutilidade de seus dias justificada por seus encontros com o papel.F. soltou os olhos a deslizar entre os cantos das paredes, até que um relógio os contassem que havia algumas horas até Gil chegar afoito e encharcá-los com aquelas risadas sem ar.Se ela estivesse lá, isso jamais aconteceria, se ela estivesse lá as palavras alimentar-se-iam da tanta vida que lhe escapava.F. lembrava de Ana como o presente lembra de ontem, com insistência.Era além de tudo, um absoluto movimento do destino que o fez pensar em mover-se ele próprio ao infinito, e agora, persuadiam restos, detalhes que não esquentam, um vazio que de tanto preencher, escapa-lhe pelos olhos murchos enrugados de alma, feinho de ver.Juntou um bocado de papel que pesou bem sobre a mesa.Escrever sobre o que se conhece, citou-se Guimarães.Escrever sobre o que ama, incitou-se ele próprio.

“Não eram os meus pés que andavam pela cama. Antes de tudo, quero falar daquilo que se guarda e que se mantém pela covardia vencedora: o segredo. Meus olhos viciados meus braços navegadores nas tormentas do ar meu dia de bronze meu sonho vivo letras rimadas a espreita de uma noite que escondia-me, do simples declínio de cair por ela, era o meu segredo. Um desses que se contam sozinho sem palavra única falada, que se entregam num beijo, que no meu caso demorou muito tempo. Mais exatamente no tempo de 1999 na chuva que não caía mas fazia barulho dentro dos botecos de Montivideo, dentro das paredes encalhadas de perda e cupim, no Buteco Jerônimo no centro de alguma coisa que não me equilibrava.Fomos os que cantaram Corcovado, acompanhados do argentino estranho as cordas do violão que tocava em frente ao bar.Do corcovado, as outras músicas que ouvi, foram as batidas de seu copo de uísque no balcão doente de tempo, suas risadas abafadas pelo fumar dos cigarros, sua dificuldade de olhar-me nos olhos a procura de uma porta, que por mim poderia fechar-se para sempre e deixar apenas nos dois lá.Na arquitetura, lá em Porto Alegre, nunca trocamos nada embora algumas aulas assistidas na mesma sala.Acordei com ela na cama, como acordaria por vezes seguidas, nas quais consegui dormir direito.Digo que lá, foi-se toda a minha vergonha e covardia enquanto seus seios cabiam-me e alimentavam-se em minhas mãos, enquanto entrava no seu corpo para convencê-lo a me querer longe, com um tempo parado , decidido a deixar vestígios convencedores de quero mais.

Trabalhava feito um estivador em Chicago, antes da Lei Seca.Naquela época meus pais, adoradores da boa vida que vai pra onde o dinheiro está, me mandavam notas de reais que iam para o pagamento de meu estudo na Faculdade de arquitetura.Essa é a versão deles. Quando conheci Gil, ele era um Editor desses especializados em achar gente que escreve para escrever o que ele sempre tentou, mas não conseguiu pela razão lisa de, ele não ser um escritor. Gil achou que eu era um escritor.Mandou eu parar com a poesia “berrante sem ouvidos, de melosa suja os ouvidos”.Eu escrevia contos sobre as fruteiras da cidade baixa que vendiam cachaça para abrigados de dores ditadoras, sobre a fábrica de desiludidos que as rua de Porto Alegre fabricavam, sobre os estudos que não dão curso.De vez em quando vazia uma reportagem essa outra lá, uma crítica sem açúcar ou molhada de mais.Gil falava não pára não pára, enquanto eu via na vodka transparente dele, uma amargura infinita da falta de solidez de sua felicidade.Me contava, como contava a todos que carregam ouvidos vivos, que a mesma mulher que o amou matou um homem, homem esse que ele desconhece, pois Desde então, Gil mudou radicalmente.Eu o escutava preso nessa sina de contadores de história de fazer dor dos outros abrir um choro num olho alheio.Mexia meu rosto como quem sabe como é mobiliar um futuro com apartamento penhorado, não dizia nada, apenas fazia sinal para o garçon trazer mais uma dose de álcool com qualquer coisa.

Foi quando me senti homem desses feito, quando cheguei em casa e Ana, a minha Ana, a Ana do meu segredo, me segregava os sentimentos, fundindo-se todos eles no corpo dela mesmo.Ela estudava para o mestrado sabendo o que quer quando quer a quem matar para nutrir-se bem.Fazia-me tudo, via em mim algo para o qual eu sempre fui cego, sentido.Eu era o servo de suas confidências, o acamando de seus longos morenos enquanto ela lia sem parar algum americano era do Jazz e eu dizia, frase não pode ter perna curta, e ela falava a tua literatura não anda, sim desanda, nessas doses de melancolias feitas extraídas de ingredientes schouperianos. Mas o que ela sabia. Construía casas, e bem, enquanto eu gostava mesmo é de ficar na rua.De preferência, na chuva.

Vivíamos como Astaire e Ginger, na maneira de ver as dificuldades.Dançávamos nelas de graça, com toda a graça que algumas caixas de cervejas servidas com nossos corpos podem sugerir.Ter as minhas fraquezas encaixotadas e contrabandeadas para algum continente frio, me fazia ter ver em mim próprio, terra habitável.Eu vi os dias correr em mim, deixar pegadas grossas na minha memória no meu além, eu vi eu mesmo tornar-me uma indústria de desejos pela falta. Falta de ter do que reclamar para enfeitar um café diurno, enciclopédias para basear as angústias dos seres, que me escolhia como manifestante em minutos semanais. Comecei a renegar tudo que pra mim era estrangeiro a indecisão a revolução dos de barriga cheia o amor dos que não conhecem o contrário. Agora diria que eu me media com a escala dos arrogantes, e nessa eu era o maior erudito.

Ana pintava um quadro. Ana não pintava quadro nem escrevia poesias não arriscava-se nas artes que a sua sedução não fosse certeira.Eu tinha passado o dia todo no quarto, com um computador do inicio do século sem nenhuma comunicação que não fosse as palavras com o teclado.Sai com um conto de duas páginas que viraram uma.Aquela porta que me separava dela, abri em raiva de guerra, contra mim mesmo versus a vontade que me prendera naquele quarto pra nada.Ela largou o pincel sobre o assoalho pincel com cor vermelha transferida para a pedra granito sem preocupação de limpeza e estética.Me olhou como quem diz, esse rosto ta aqui ainda só por falta de pernas pra levá-lo.Era um banquete do meu medo ganhando vida, o que ela me oferecia através daqueles lábios caídos, por minha causa, eu sabia.Parados giramos giramos giramos tanto e quem caiu primeiro fui eu.Larguei as folhas no chão e agarrei por trás das costas ate que surgisse na sua pele curva, a cor do sangue meu que por um tanto não escapou por todas oportunidades de minha anatomia.Ela continuou fortaleza de sua mensagem, agora me negava até mesmo o endereço do olhar.Era uma pedra que eu não podia esculpir nem com o amor mais natural da minha humanidade.Um desenho autônomo e pronto do qual, eu não tinha mérito por nada, absolutamente nada, e então eu compreendi, soltei-a com braços em pranto com a seriedade como barricada para meu querer.Afastei-me devagar para me acostumar com o fato que, um passo a frente em direção a ela, seria, uma batalha fracassada.Chamei-a de puta.Como se fosse a desordem que derretia as estruturas da modernidade, como se fosse o silêncio conservador que uns tentavam estancar os gritos entrelinhados de ressaca através da poesia.Chame-ia de puta.Mandei embora a sua vida os nossos laços cortei com um grito único que nunca tornar-se-iam palavra digna de fato.E agora, ela, a pedra, pedra de gelo, derreteu-se.De uma primeira lágrima veio seguidores em cascata, um choro , que vi desaparecer em degradê até a casa tremer em todas as extremidades, ressoando o que era, antes de uma porta separando-me dela, uma felicidade a agonizar na forca.

Procurava em desistência a ganhar, um lugar para tomar uma água gelada antes quem me tomasse por completo, fosse, o verão na cidade.Tinha terminado meu primeiro livro, e seu final resolvi deixar por aberto.Na rua crianças desfilavam quase como vieram ao mundo, enquanto seus pais não viam a hora de se mudar desse, embaixo da radiação sem desconto do sol que queria brilhar mais que o dia.Corpos escorriam e eu imaginava estar eles desmanchando.Tal como o dela desmanchava-se de meus dias.Matéria de gaveta: descaso ao com as obras de arte da capital.Acontece que não via arte era em lugar nenhum, tudo que assemelhava-se a isso para os outros, para mim era, um simples trote louco para te pegar pelas bola.A beleza em si, é um trote.Tal como Ana, um risada que ninguém ri porque está ocupado de mais sofrendo.E se nós tivéssemos conversado?Não a dei a chance da palavra, apenas, confirmei o fato de que, não a mereço.Que preciso cavar buracos para poder dançar.Que precisava dela para vê-la ir embora.Isso me invernava em pleno calor, saber que, sim a amo, mas amo mais ainda é o meu eu excessivo, orgulho incabível em razão.Não consegui descobrir de que cano de esgoto ou doença da cabeça viera aquele meu surto.Um poder talvez.Poder sobre a desgraça, a minha.

Quando comprei enfim a água, minha sede mostrou-se não estar lá. O que estava lá além dos serás não sabia. Não confiava mais nas decisões daquela que autoproclama-se consciência ,mas que não carrega bandeira, que nada.Eu queria que chovesse.Embaralhassem os pacotes de suor com a água que como eu, de pesada, de cheia, de concentrada, caí.Queria sentir no meu torso algo que não fosse arrependimento, que não tivesse controle, que imposse como dono.Queria que aquele céu chorasse pelo que eu não chorei.

Os livros que li, não foram muitos a me ensinar, como não ser um idiota.Não li muitos livros cheguei a conclusão agora a tarde, enquanto pensava, em algum lugar dos Grandes Lagos deve estar chovendo bastante agora.Conhecendo Ana, ela devia agora estar numa praia, após ter reatado com seu antigo namorado de infância apaixonado por ela em todos os tempos, após ter decido caminhar mais, ignorar escritores que a flertem no bar e casar com esse babaca para não derrapar em gente como eu.Vai ver quando me apaixonei por Anna, o que eu queria era um romance, esses de papel mesmo.Palavras em varal, sempre fáceis de vestir qualquer história.Um amor pra se conhecer, não ter.Olhei pela janela.Enfim a chuva, convidava-me para uma caminhada.Foi no clarão da noite, percebi.Nunca a amei.De Anna, eu tirava minhas tempestades para matar a sede.

Quando Gil chegou, F. o aguardava na sala. Como de habitual ele falava longe de usar vígulas.Contou sobre um sonho estranho, um amor novo e uma briga de bar.F. não entendeu direito e tratou ambos os fatos como pesadelo.Acendeu um cigarro feito por ele enquanto colocava os papeis recém escritos dentro de um envelope.Sua barba tomara pontos estratégicos de seu rosto e sua voz contida mais a mais, não passaram despercebidas. ”Está sentindo-se bem?”, perguntou o editor. Um espirro foi a resposta.”Não subestime a chuva de verão. Você devia aprender a usar o guarda-chuva, Filipo”.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Uns Trópicos

seguindo a rua despercebida, vê-se a casa de dona Jade ainda reluzente desde que essa foi dessa para uma pior, morar com seu Cláudio, três casas a frente. notando as pedras separando-se do solo, é preciso muito cuidado para não tropeçar e cair num desses poços com tudo que há de desgosto que preenche os inúmeros buracos desse caminho cada vez mais incaminhavel.cuidado com as crianças pois seus pais não as cuidam, e há muitas pedras que podem ser arremessadas por um hormônio dissimulado, é então sugerido perícia para não interferir no jogo de futebol no terreno baldio à esquerda.olhando atentamente para onde dirigisse os senhores sem camisa e graxa no final do dia, você saberá onde seu Cláudio faz dividas com o diabo, no buteco de madeira as que não caíram, onde não há comida e nem as mulheres são comestíveis e por isso elas bebem e bebem.nas quinta-feiras é dia de programa de auditório na TV e o povo todo se arruma pra fazer um churrasco, para muitos única refeição da semana, e falar da vida dos que já foram, e fazer um bolão para acertar que está mais perto de ir.ao lado da padaria que não vende pão, só cerveja, mora Dona Matilde que carinhosamente ganhou o apelido de a louca. matilde era a abelha rainha da casa de moças da avenida de detrás onde Jade ganhou esse nome Jade, levando ao esquecimento seu carimbo de RG, Cleonice Silvaviveiros. agora, aposentada, regular, depois que os homens da lei invadiram essa vez com arma, eles normalmente iam para lá e depois de ter pago ficavam armados, alegando falta de avara, Dona Matilde deu para vender ervas Medicinais.claudio freqüentemente trata-se com Dona Matilde, o velho alemão tem uma oficina duas quadras antes onde monta e desmonta carros, velhos, usados, roubados, que seja. Nos dias festivos da igreja é sugerido muito respeito ao andar por essas bandas, pois a musica mais tocada é da memória dos homens que os santos não agiram com seu milagre. As mulheres levam os homens para passear cedo em na igrejinha miúda no centro da rua, onde o padre escova os dentes com cachaça, alegando que o problema da falta de água encanada já está sendo negociado com os governantes.há também uma escola. Dizem que há uma escola, mas o fato é que mal sabem onde é, que já virou uma espécie de Oz, de tão longe e mitológica. alguns pedem coragem, outros um corpo de mulher, á os que pedem um emprego, livrar-se das mulheres, e ganhar uma mira melhor pra próxima invasão da policia.Há os que pedem estudar. acordam cedo depois de andar dormindo da serralheria a casa, onde tomam um banho, como Igor, o filho do comunista Afonso ex-marido de Jade, que caminha alguns belos kilometros com a companhia do sol surgindo e as velhas canções sertanejas do radio, para então ser alfabetizado e entender a lógica social sugerida pelos livros do pai, que orgulha-se de aos 13 anos, já ter um operariozinho soviet em casa, e já pensa em dar-lhe um brinquedinho e balas, para revolução, no seu aniversario.há também um cemitério ali pertinho onde há flores que o vento trás. hoje passou uma procissão, levando um caixão e eu aprendi a confiar mais em Dália, quando disse que aqueles estouros não eram trovões os explosão de gerador. dália me apertou forte e pediu desculpa por eu entrar em um mundo infértil de sonhos.seu Cláudio foi levado pelos seus amigos ainda fedendo a álcool do ultimo truco da noite, pelas senhoras de preto com expressões enterradas no rosto de tão pesadas, pelas mulheres que ele já sentiu-se homem, incluído Jade que o fez sentir-se pessoa.falei a Dália que precisava trabalhar e ela disse, peguei a farda azul, e ela disse que o pessoal iria gostar ainda menos, especialmente hoje, de contemplar uma farda azul perto de um morto. sugeriu-me as Ervas medicinais de Dona Matilde, as quais aceitei com gosto. os meninos da quadra continuavam seu jogo sem empate, com a sola dos pés entre os buracos de asfalto aparadas, enquanto o sol ocupava as poças de água de um esgoto que não secou, enquanto, as apostas rolavam nos bares e Jade berrava olhando a cima, algumas quadras depois da casa de dália avia uma avenida grande, seguindo de uma estrada na aconselhável a jovens motoristas, mais a frente uma cidade que não protege, com um governo que não governa e uma Tv de ultima geração, onde Claudio apareceu por 30 segundos em uma nota do jornal do almoço, para não embrulhar as barrigas grandes dos restaurantes inflados, logo antes do comercial de secador de cabelos portátil.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Desencontro

Ela disse que as pessoas ficam bonitas em anúncio de despedida, mesmo que com muita linha e pouco linho, que as pessoas sempre ficam bonitas quando vão embora. Ele disse que as pessoas não precisam ler tudo que vêem, nem sair da linha nem ir embora para ficarem bonitas, e também, que gostava muito da palavra sempre, e pediu para ele ser mais claro nelas.E, tem mais, tudo soa como um cigarro bem fumado ido com tudo levando o ar da reserva de vida. Ela lembrou que ele dizia com a franja que o vento brincava aos rodopios azarados, que para o ônibus chegar na parada bastava ascender um malboro, porque segundo ele o mundo cisma mas não bate, de fazer careta torta quando todo o mais está bem e todo o mais estava bem porque eles estavam juntos naquela parada e agora é a franja dele que brinca com os ares dela. Ele ainda de pé percebeu, que ela podia ir embora até dali mas nas outras casas preenchia com afinco, quando tentou desviar os olhos mas tudo que viu foi os dela. Mais uma tentativa e virou o pescoço, perdera cabeça, a sétima naquela semana, E quando a fez mexer-se involuntária, arranjou desculpa de teste de realidade boa demais em andamento.
Mordeu os lábios porque não eram mais os lábios dela.Deixou cair os olhos como se pedissem vaga para a terra que finge ser firme mas acoberta e esconde.Ela explica ainda aquele papo batido reprisa, de que as pessoas as boas não morrem nem deixam o peito oco para a solidão bizonha bater e faz barulho acordar aquela parte do mundo que bem poderia dormir para sempre. Ela duela com tudo, com o tempo crava dentes ao mesmo que firma a frase de que o tempo de se contar o tempo já passou.Depois ela mudou de assunto como se não servisse no corpos dos dois ao mesmo tempo alma e disse aflita só crendo pra ver que algumas pessoas as certas não morrem porque uma coisa chamada memória não deixa.E essa é a sua deixa.Mas não a dele. Agora resolveu escalar mais verdade em conversa, disse que não conhece para esquecer, e quem vai embora é pra chegar em outro lugar. Com as vistas de peão, olhava para todos os lados sem ver, menos pro dela, justo o que lhe dava corda. Ela disse que se faltava-lhes pés para ir, ele estava livre para arranjar qualquer corpo à deriva nessas vidas de homens solteiros. Ele disse que mesmo se quisesse não conseguiria, que só ela o ater-se a ser homem, que nem todos os corpos incorporam o dele, como o que ela carrega. Ele pergunta com sobrancelhas saturadas de gravidade miradas ao solo, que se faltou aperto de mão, ele faria um esforço, se faltou amor ele tem uma despesa cheia. Ela diz que não faltou nada, que ela leva esse amor seja na hora de tomar banho ou discutir com seu coordenador de curso. Que o problema ela joga os olhos na parede como se procurar disfunções em construções fosse seu hobbie mais saliente, e repete que o problema era que sem onda e vento forte ela não chega a lugar nenhum. Ele diz que compra um barco, e olha para a parede procurando entender o que há de errado com a parede. Ela fala que o problema na é esse até porque, nem dirigir ainda dirige, mas sim que ela o ama tão fácil, que só o amá-lo bastaria para viver.Ele entorta o rosto com expressões de ponte entre as extremidade, e diz como voz que nem sabia que existia ali dentro, vai te fuder então. Ela pede para esperar, enquanto ela grita espere, sentindo a imagem das suas costas não estar nunca mais ao seu alcance, e ele agradece pela lição de vida com tema de burrice, agradece por ter ajudado-o a finalizar o diálogo restante do seu livro, e diz pra ela avisar em qual puteiro ira trabalhar que ele não o que ver é nunca mais.

Reencontro

Naquele dia resolveram se encontrar sem marcar hora nem lugar, sem fazer concessões ao mal tempo, ao acaso frouxo, a soberania do caos urbano.Decidiram se encontrar sem eles mesmos o saber, acharam-se os olhos entre a sessão de vegetais do mercado central, seguiram-se até a sorveteria na ala b, e só desencontraram-se, quando ambos o fecharam em sintonia ao longo de um abraço com vida própria que durou o tempo exato de sentirem falta desse encaixar de corpos.ela perguntou da vida ele disse que já gastava muito tempo nessa fala mansa de viveres e desviveres e o que queria saber mesmo agora era da onde vinha aqueles cabelos curtos, e aquele olhar telescópio que parecia enxergar tudo. Ela respondeu rindo que o cabelo não veio, mas foi, foi junto com o apartamento no Bom Fim, e as vizinhas maconheiras de terceira idade, foi junto com os sonhos nada comestíveis de um amor perito em carne e charmoso no papel, foi junto com os tropeços nos móveis inúteis que mobiliou a sua vida, essa antiga, que assegura ela, já foi. Ela diz que ele também estava muito diferente, parecia um Gatsby relançado dentro daquelas roupas, e teve medo que seu olhar caminha-se para a pretensão de um Bourboun.Perguntou se lia, se li, o que escrevia, se escrevia o que via, se via o que falava.Ele disse que as pessoas só liam e viam para ter o que escrever, só escreviam para ter do que falar, e que sim, como ainda se considerava uma pessoa embora meio acomodado nas rachaduras dos anos, conquistou com bandeirinha e tudo a crônica, na terra arenosa que à gastos fazia alguma ou outra poesia murcha.Ela disse que não importava o que ele via, lia, ou falava, mas tinha que parar agora mesmo, e falou um nome esquisito de um livro chinês antigo que ele não entendeu mas desviou os olhos com um famoso “hãa” e boiando em um pensamento, de que sobre isso tudo que sabia era alguns filmes do besouro verde, do Bruce Lee, que vira quando mais novo. Os dois sentaram-se a um café como desconhecidos que apontam-se mutualmente, como se aquele filhete de passado que os unia, só servisse para os machucar.Aos poucos ela reconhecia aquele homem de contornos seguros, sem um traço fora da linha, de sorriso barril, que embebedava a todos quando conquistado. Ao pouco ela separou do perfume que ele usava o cheiro das manhãs de julho quando brigavam para não sair das cobertas. Aos poucos ele via nela, a vista que antes morou, lembrou como via o mundo de cima na altura daqueles olhos. Pensou naquelas poesias arenosas que as vezes encontravam uma praia, pensou nos envelopes cheios dela que deixou de entregar, e agora se assemelham a verdadeiros tesouros no fundo do mar.Ela sorria mais que o normal, e seu riso ia ao chão de tão forte, e ele balançava-se aproveitando as nuances do papo para aportar na sua pele.Pareciam estrangeiros sem farda por fora, e tinham curiosidade se isso continuava por dentro. De alguma forma ainda sentiam-se um pouco um do outro. Seja na hora de fazer um café para trabalhar, desatar uma briga com empreiteiro, seja nos seus posicionamentos liberais políticos defendidos a palavra e gritos, ou na hora de comprar um disco francês em algum brique. Queriam falar das revoltas que colocaram em cabide, das importâncias que fugiram se mala, dos giros da vida que não deram em vôo sustentável, das exposições dos modernos que iam para rir e comer canapé, dos santos caídos, dos seus heróis que perderam a capa, e a fascinação das rimas, da viagem aos Estados Unidos que mais pareciam uma ida a Hong Kong.Foram surpreendidos pelo garçon que trazia seus pedidos, um capucchino para ela, e um expresso duplo sem chantilly, que aliás, veio com chantily, e não somente, veio com isso como também uma seqüência de palavras ordenadas de maneira prejudicial a saúde do emprego do garçon coitado, esse escondido em meio dos próprios ombros enquanto, ele o criticava severamente em tom de chamar a atenção dos estranhos no local, tudo por causa de um bendito chantilly, pensava ela que coisa mais besta.Então ela lembrou de coisas bestas e começou a ficar irritada com aquela cena, ela que sempre defendeu os trabalhadores ingênuos, e não suportava já antes aquelas escamas burguesadas dele, ainda mais agora dentro daquele terno saído do romance de Fitzgerald, pediu para ele parar. Ele interrompeu seu discurso, e a olhou, e logo ressurgiu, a apaticidade com os julgamentos superficiais dela, a bagunça do guarda roupa e incrível desorganização com seus pertences que acabavam sempre despertencidos, suas crises de pânico, suas discussões sobre Matisse e Picasso que acabavam em greve sexual e artística, seu apego exagerado por filmes lentos de países pobres, sua irresponsabilidade com eletrônicos, sem contar as viagens ao interior na casa dos mais dela em que voltava sempre com uma alergia externa nova. Aos poucos ela foi lembrando do barulho de bomba V2 que dormia com ela enquanto ela tentava pregar os olhos sem tem as olheiras, da sua inflexibilidade com horários, da forma desastrosa que tratava seus amigos do teatro, dos seus CDs do Cat Steveans, que ela jurava não entender, do ciúme virulento contra seus amigos autroproclamados homossexuais, da metricidade que defendia na poesia, nos julgamentos,das doses de cerveja que terminavam com doses de uísque que terminavam, bem nem ela lembrava no que que terminavam. Enquanto tentavam respirar algum ar puro sem teia de aranha ela disse:

-Agora só falta dizer que Borges é Melhor que Machado e Pound é melhor que Eliot.

E tenham dito, foram embora do café cada um para seu lado, nem trocaram telefones. Os números, esses também, eram os mesmos.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Encontro

Queria colo e fazia isso calada. Nas caladas da noite que promete manter em segredo, lábios serrados, mas que quando se faz dia grita aos montes para ser lembrada.Naquele dia seu silencio devia estar dizendo alguma coisa.Por que motivo mais, ele tomaria sua expressão como fala? E serviu melhor o copo, e chegou em sua frente com o mistério dos que chegam a primeira vez.

“Está sozinha” – Disse o homem.

“Nós sempre estamos sozinhos.” – Respondeu a mulher.

Denunciou que tinha aparado suas garras de vida, ainda: “Principalmente em nossos sonhos. ”

E ele riu torto, como quem não sabe onde esta se enfiando enfiou a boca no copo de vidro, bebeu um gole para matar não a sede, mas a vergonha. Deu-a o prazer do seu silencio, que a ela, aproveitou muito bem tentando desdobrar as expressões de seu rosto para encontrar seus verdadeiros papeis. Por um instante, o homem elegeu uma frase e resolveu conseguir bem mais que uma resposta:

“E qual é o seu sonho?”

Sem se importar em ter êxito ou não, ela não hesitou. Muito menos confundiu álcool com verdade, mentira com desejo. Mostrou, a sua carne, onde se enfraquecia, e disse:

“Não ficar mais sozinha”

E ele riu tão bonito que a mulher pensou, era para convencê-la, estar num sonho.
Naquele dia ao chegar em casa, a mulher ficou com medo de dormir e acordar demais. Deixou sinais da realidade daquela noite, ao entrar e esbarrar em tudo ao mesmo tempo, colocando Kaki King para tocar, fez musica sem letra ela também, enquanto para não cair, segurava-se no que resistia ao seu redor, deixava cair o abajur, o auto-retrato de Don, o livro que não conseguia se livrar que Gil a emprestou para convencê-la que realismo mágico não presta. Pensar naquele homem, do que se preenchia , o que seus olhos seguiam e gostava de cegar, foi a despedida dos seus abertos .

Enquanto a fila do café desfilava pro fim, pensava ela em um possível começo. Naquele dia entrou naquele bar não para achar algo, mas porque tinha perdido alguma coisa. A fé, cabeceira da vontade, talvez. A bebida tinha lhe convencido que ela precisava ser tomada, derramada por alguma investida do acaso. Algumas cervejas e ela se tornou alegre, simplesmente por não precisar de motivos para se alegrar. Desafiou aos presentes, surpreende-la com uma conversa boba, o que não esperava era ser embrulhada a tal ponto de não saber o que fazer. Por que bem sabia ela que se estava sozinha, era porque ter alguém não desmerecia essa condição, só piorava. E muito sabia ela, dos sonhos que desviou nas curvas da vida que foram bem para onde ela queria. E ao contrário do que Gil acha, o realismo mágico não só presta como empresta lição de vida, de que às vezes o que não faz sentido pros outros, é todo o sentido pra que sente. Quando o homem desatinou a combinar as palavras bem do jeito que ela gosta, viu que já nisso havia um par. E quando o homem deixou notar um certo cuidado em escutá-la sempre com o melhor ouvido, ela perdera-se completamente. Por que, nada sabia quem era, um amor de cabine, uma figura paterna nunca antes presente, um amigo de conversas no parque, um imitador de tudo que ela se julgava original. Já pelo fato de ser outro dia, e não pensar em problemas dela e nada mais, sentia, já não estava mais sozinha.

Tinha o amado por todos os homens que não a amaram certo, em uma noite. Por que afinal, ela torcia por uma desculpa, para que seu beijo fosse ilegível, e seus braços longos demais para se satisfazer no seu corpo, mas quando o suor demorou a passar ,a respiração desacelerava na medida em que os braços do homem, braços que ainda não sabiam de quem ou pra quem era, apertavam-na, querendo-a, ficava difícil encontrar motivos.Naquela cama, aqueles dois ela também não saberia dizer quem eram, muito menos o que seriam, se seriam. O que sabia apenas, e tinha a maior certeza do mundo, é que naquela cama e naquela hora, haviam duas pessoas, sem medos, juntas, e principalmente: sonhando.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Um dia de Sorte

Um dia de sorte poderia ser, daqueles que cumpre as linhas da agenda, sem sair da margem e fazer borrão. Um dia em que as poças de água simplesmente evaporam antes de você as pisar, a chuva da noite anterior não preparou nenhuma surpresa para suas botas italianas, e os pivetes da rua tem pena de pedir dinheiro para você, que não ganha mal, mas nessas ocasiões sempre finge que não ganha é nada. Um dia em que os ônibus aumentam suas frotas, e os passageiros se mostram muito bem perfumados, em que Dona Nadir,síndica do Prédio consegue redigir uma frase à você, sem mencionar o aluguel. Um dia de sorte seria se o antidepressivo do seu chefe finalmente fizesse efeito, trocando as conversas enfaticamente altas, por batidinhas nas costas companharescas no inicio do turno. Num dia de sorte, o seu provedor teria um surto de perseguição pela verdade e transparência, decidindo cumprir todas as vantagens informadas na sua publicidade persuasiva. Num dia de sorte, a atendente do café não se sentiria na intimidade de escolher a quantidade de açúcar no seu café, num dia de sorte os celulares, seria carregados pela energia cinética dos incessantes tombos no chão, e as chaves jogariam Marco Polo com você, sempre que não estiverem no seu bolso. Num dia de sorte, os jornais não servirão apenas de artifício, esconderijo de anti-sociais quando avistam alguém conhecido no trem, como também dará notas realmente relevantes, do tipo: você precisa reconhecer sua roupa na Lavanderia depois das 19h. Num dia de sorte, seu cão herda características por observação, dos felinos domésticos, na hora de defecar. Um dia de sorte, é quando o celular adquire o nível de inteligente e percepção necessário para se alto silenciar, logo que você chega na aula de Direito Constitucional. Um dia de sorte é quando os fumantes se tornam egoístas o suficiente para não dividir a fumaça deles, com as suas narinas na parte de dentro da lancheria. Um dia de sorte é quando no final do campeonato as pessoas decidem ver o jogo no conforto das suas casas, juntos à família, do que aglomerados a desconhecidos em um transito que não transita.
Mas para ele, mal adiantava um dia de sorte, se num minuto falasse uma besteira que a fizesse perder o jeito, se em um reflexo pouco processado, a fizesse as covinhas distantes do seu rosto aparecer menos e menos, se não conseguisse achar o instrumento certo para mexer com ela, toca-la, prender e orquestrar aqueles olhos.
E ele a olhava rindo, molhado da chuva que caiu agora, cansado do tempo perdido no trafego, com suas botas novas embarradas, cheirando a cigarro e todo azar que respira o mundo , pensa tão alto que nem vê que diz de tanto que sente:

“ - Que sorte ”

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Homenáge

Penso em ti meu caro meu barato meu alguma coisa.
O que é atemporal, também faz chover e resfriar .
Muito jazz nos quadris
Será, imagino
Não só batida nesse samba canção
E do amor que não tem nome
Já deu-lhe uns rostos, umas maquiadas
Paz não pode ser ausência
A sede é grande pelas pequenas
Ta desafinado sonâmbulo
Maldormido personagem de teatro absurdo
Andado de constas olhos fechados
Andando ou sendo levado
Tem mão na tua mão
Riso de lembrete, na geladeira
Tá de canto, cantando em coro
Arrisca e deixa a janela aberta
Promessas o vento não leva
Quem come o dia é bem vindo a noite
Lágrima lá não lava
Aqui queima mas aquece
Não esquenta, o sonho sempre cai bem
O sonho até quando é de bem, cai
Perigo: quando um desses vai-se
O que pode ficar é tudo menos sono
Quem ama as vezes não tem respeito
Peito que sente fala por outras bocas
Teus gritos
Desafinados?
Corda muito em Mi
Não faz acordar com sol valendo pena
Tantas vidas numa que passou agora
E na garota de outra ora que não percebe mas
Relogios nunca param
Naquela casa no campo
Um tanto do que ainda há por vir e não perece
Tu disse, ressonancia cafeinada
Palavras em recem condicional
Patricia vendia jornal e tu disse:
- Nós somos diferentes
me prendeu sua surpresa:
- não te cansa
e eu me torno a pensar
com olho de tornado querendo desfazer confusão
que ‘nós’ nunca serão singular
que o que nos prende so a gente sabe
e esar suspenso, é preciso
e não suspende o alivio
postumo
escvre um livro mais nunca te livra
só a gente sabe que filme bom
se faz na rua.
Qualquer duvida, pergunta pra canerta que ela responde.
O mundo é papel


Tua partitura não parte,
Mais barulho que musica nesses anos em 19.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Chegara lá por conviniencia do incoveniente, rajada do norte, emigração da má vida, por dar mão dada ao bem mandado, lá se sabe porque chegara lá, e mesmo tando continuado, ainda não dissera "Chega", mesmo seus dentes sem tinta de higiene semanal, capacitados de bons intérpretes para a tranmissão efetiva da raiva essa, granade inconstetação frente a condição do meio à espera do fim. Estava lá o homem por estado de apenas estar, sem lei nessa república de casacas de bananas. O óbvio precipitava pelas cabeças seca, sabia sabia o homem que agora teve a ideia de sentir fome sentir algo dentro de si algo cheio de si queria algo o homem entre as

Apontamentos sobre os processos que envolvem uma projeção de filme

O cinema sempre existiu. Segundo Piazan, o desejo de captar a realidade é antiguíssimo, e segundo os estudiosos que completaram essa frase, o que ainda não havia ainda era a tecnologia necessária e dinheiro, coisa que, a revolução industrial soube bem seduzir com suas patas e pratas. Rapidamente falando (não quero me prender a conteúdos que desfocam do centro de nossa discussão, tendência dos prolixos dos quais falo tanto mal, que me faz bem), o primeiro filme feito pela humanidade foi realizado por dois francesinhos à moda antiga, que estavam na moda das justas técnicas industriais e continham ( e por isso tinham justo o dinheiro requerido), que eram irmãos (e morreram assim), os irmãos Rubiére. Ambos tiveram a graciosa ideia de capturar a imagem de um trem saindo de um túnel. Esse para muitos historiadores, mais ainda, afiliados as linhas psicanalíticas fundadoras, é também o primeiro filme erótico já realizado pela humanidade já que contem em suas imagens um tipo de penetração (mesmo relacionadas a vias de locomoção), por associação, no seu subtexto, segundo eles, isso é um elemento, e mais ainda, uma tendência de sexualizar as coisas, que também como o cinema, sempre existiu. Em poucas linhas os Rubiéres não sabiam, mas estavam gerando o início da industria pornô, ainda que documental.
Desde essa data, muitas mudanças ocorreram como o primeiro filme falado, no qual Mitchell Blakson, no século XX, se inspirou para fazer sua mudança de cor de pele, chamdo o cantor de Jazz. Mais tarde surgiram escolas como a alemã ( que quase falhiu, pois era muito caro pagar os royattes de suas histórias já que os personagens reais viviam em outro mundo e o correio era muito caro na época). Podemos citar outros como a nova escola francesa (que ficou célebre pela fórmula: filmes sem dinheiro, sem roteiro, sem história, sem porquê e sem público), a nova escola brasileira ( que tinha como lema: vamos expulsar os brasileiros do cinema filmando no norte e vender todos rolos de filmes para a europa) ou o novo cinema sueco ( que davam suas cameras para crianças ou outras pessoas filmarem, semans depois voltavam para pegar a fita e editá-la na moviola).
Como o cinema é um ato coletivo, sempre existiu regras para sua convivência. No início do século XX, o Barão Le Dutron, depois de perder a paciência em ver cada imigrante ilegal levando sua comida para a sala ( lulas com abacaxi, sorvete de feijão, pretzel de diabéticos...), de não aguentar mais as mocinhas sendo flertadas pelos garotos e os senhores e senhoras pagas cometendo indescenciâs, criou o Manual Comportamental e Logístico das Cinematecas. Nelas estão previstas as condições que penduram até hoje (óbvio que com algumas modificações), das quais nós sempre achamos que era fruto de um acordo cultural, mas na verdade como tudo na vida, foi estipulado por um burguês do hemisfério norte que adorava comer galinhas sem usar talheres ou preservativos contra sujeita. São elas:
1. Todas as sessões devem ser feitas com as luzes apagadas com o intuito de:
- conter os instintos de interação social;
- impedir que as mães levem seus filhos em idade de chorar e ter medo de escuro;
- não tornar visível o excesso de sujeira no chão não limpado desde a primeira sessão do dia.
2. Pipoca e refrigerante serão as comidas oficiais dos cinemas pelas seguintes razões:
- Se as pessoas não estiverem satisfeitas com o filme, não jogaram tomates onde ele é projetado.
- A pipoca é barata de fazer mas pode ser vendida bem acima do preço.
- Ter algo para jogar nos chatos sem ser percebido.
3. É inserido um atraso mínimo para que o público fique mais ansioso.
4. Ninguém poderá levar sua própria almofoda ou cadeira, tendo que se sentar nas poltronas do local que são pregadas no chão e com divisórias unitárias.
5. Se no caso de um Best-Movie, todos espectadores tem de estar organizados na condição de que cada um tenha um chato que fique chutando sua poltrona pelas costas. Isso é para ensiná-los, pelo processo behaivorista, de que não se deve ver filmes de grande circulação, mas sim, filmes bons, não importando se são árabes ou da tailândia.
6. Os atrasados sentam na frente que é para não aprender a chegar atrasado, e atrás, sentam-se os idosos que não querem ser incomodados pelos barulhos das pipocas que não podem comer por questões anatômicas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pessoa tu é um filme

Papai e Mamãe hão de concordar, da barriga que eu vim o pecado foge.
Os milagres economicos na verdade, era ato mascarado, criancinha fazendo bagunça
na bolsa de gente grande, que leva o mundo no próprio umbigo. Foi tudo milagre inventado para desviar o foco, da queda de luz na justa noite que nem a lua deu a cara a tapa e pés inteiros. Enganos circenses que fazema falta de lucidez ganhar plausividade, aqui no enquadramento real. Foi um engano, meus caros, um engano que o vinho barato expõe mais à mostra ainda. As putas que tu fala naquele livro, Gargo, ainda às come nas memórias elásticas, presentadas por sonhos , roubo de sossego renegado pela noite. E por isso, são memórias de putas tristes.
Tudo pra debaixo do tapete,e daí, vem um bando à parte e pergunta respirando pó:
"O presente era banal". E eu pergunto, qual o futuro que também não é, e olho para a Mrs Dalloway, aaa Dalloway tu que carrega a vida nos braços, e as pessoas na cabeça o tempo inteiro, me diz qual parte desse tempo que não é banal. Quando o livro acaba, a única sensação é de alívio, e pena, e a pena de ter que levar ele sempre.

Sesação de Anna Karina em cena final, filme francês sem frança:
"Não quer falar" - Pergunta o rapaz.
"Não".
Há palavras que mudam (sentidos amplos)

sexta-feira, 24 de julho de 2009


O que aconteceu ao pode ser todo universo, senão, como dizer que eu estava , me desculpando, no mundo da lua?


De dia

Me viu fumando e sorriu.
Eu com as laminas de fumaça tomando-me meu rosto e além, não pode corresponder aquele rosto que queria o meu. Ele sorriu. Sorriu pelo espanto já banal e cômodo, crença extensa, essa verdade de museus, de alguns destinos existem só para ser contraditos, de que lugar nenhum também é um lugar.
Os mudos as vezes ditam, se esse lugar não nos aluga, é só mudar, deu0me as costas e a lembrança de um um lançar não só de olhos, mas de alma inteira.
Tu tentou se fazer de mal, mas eu te conheço bem. Não acreditei.

De noite

Cabeça que pesa não adianta pernas, cai igual.
Desse sonho sei que alem que o despertar é silencioso
Tem gosto de vida póstuma ensaísta de morte de jovem vista como acaso. Mas nada me pega, esse sonho escorre e o que vaza pelos dentes é desejo argila de um cárcerado recem saido da jaula. Amor a prestação, não presta. O meu eu pago coma s tuas vistas, não se vista e fique aqui.
Calou-se em mim e eu orquestrei seus braços. Não s preocupe, silêncios rasos não dão altura para suicídios efetivos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

com quantos adeuses se faz uma despedida pensou.
Das maravilhas do ártico até o espumoso quente do teu cobertor, é um pulo sem esforço.
Ele que tinha homens da corte e mulheres de tesoura, viu-se numa situação delicada:pois as vezes, no que mais queria, correr demais era o mesmo que andar de costas. E ela era o que ele mais queria, e de tanto isso, que ficava simplesmente parado, na maioria na horizontal deitado pensava nos dois juntos da forma mais irreal possivel para nao acreditar muito e o tombo, não fosse muito alto.
Os sóis nascem para cegos friorentos, acreditou, e vivem em que ama.
Ele, amava
mas gostava mesmo era do escuro.

sábado, 11 de julho de 2009

tu diz
pra eu agilizar
agir e dar
mas não péde
o que
de pé
eu vo pra lá e cá
como um zé
com
pé no teto tu não me vê
sigo a trilha cega da fumaça
que passa
o meu cigarro tu não fumou
derrapo derrepente
penteio esse fios de vento
dente sen pente respiro essa corrente de ar
antes que me leve
e eu pese
longe em pé na vertical numa cama sem cheiro de quem me quer

quinta-feira, 2 de julho de 2009

três garrafas de vinho e aumentando

3 garrafas de vinho e aumentando

sempre quando a noite aparece algo some , eu penso com a cabeça em giros de peão sem medo da queda, sem medo de nada a não ser o vinho acabar sem ser o vinho acabar com a minha vida. Estã todas as garotas aí dividindo seu copo e rindo de um jazz e se drogando com um noel que so trás presente quando a música acaba mostrando que notas boas também acabam e poucas valem alguma coisa. O que vale é pra quem não tem medo, medo de altura, medo de despencar o que não é o nosso caso, o que não é essa casa em que agora nos emborachamos para fingir suerar alguns calos e escalar alguns sonhos mal sonhados que alguém achou no ultimo sonho sem travesseiro.

Ela é tão linda quando ri queria que risse sempre mesmo que não fosse comigo, queria que desse mão pra ele e beijasse outro queria que fugisse e deixasse suas coisas aqui em casa queria que me encarasse como quem deve não como quem cobra queria que me encarnasse encarcerar-se mas na hora de feixarma caixa, ficasse só eu eu pensando nele quando penso nele queria que corresse pra bem longe num aviãosupersonico num naviosupersonico, pra eu ficar sem som, ficar sem ar, ficar sem água, pra eu ficar bem doente sem conserto e febril e depois volte e me cure, conserte, volta que deu para vir que emvolta de mim que gira, só pra ver como é grave a sua falta de gravidade mais perto so pra ver que eu não sou porra nenhuma ele não é poha nenhuma mas juntos podemos ser poha alguma.

Faz isso mesmo e bota o pau no que nao é de madeira, no que mente a noite inteira pra acreditar em algo quando se faz dia. apedreja o toca-discos é tudo culpa do Cartola que inventou o mundo é tudo culpa do piazzolla quem inventou o amor é tudo culpa do santo que nao bateu, quebra esse disco e toca toca o disco longe que o barulho do destruido esse sim é conhecido do teu ouvido, ne nen, diz ai e eu concordo sempre porque a culpa é tua que inventou de ficar em mim e agora tem medo que tranque e fique ruim, porque é tu que inventou tudo até eu penso ate eu.

Tudo tão confuso , muito uso do que não importa, muito fuso muita rota, muito tudo em um enquadramento que mesmo com chumbo mirado na testa só quer mesmo é mostrar um quadrado mesmo que desse jeito ignores os cantos


É linda tão linda cm um rostoque desenha o vento desdenha o tempo, o teu tempo que tu decidiu que tu um homem bom ia amar mas acontece que o tempo não ta bom ela disse, que tem muito vento muito vento e pede pra tu parar de respirar.

amor que não passa da garrafa não vale.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Proteína C-reativa

Os que me conhecem partem ligeiro, prá mais longe é normal. Acontece que gosto tanto da gente que me dá gosto e nutri ao mesmo tempo, mas tanto mesmo que tenho medo de martelalos comi minash nuances machucados em marcha, que os faço darem um passo para longe. Porque a peste quando dá pé e anda grudado assusta os viventes de final de semana. Há mim é apenas lisonjeira companhia que não chega a me ofegar. Até quando chegarás a tempo para me salvar? E se numa folga tua, se vai meu fôlego, deixo lembrete: "Te amo sem riscos. Te amo em branco, sem motivos".Não preocupe-se comigo. Eu sei que eu não preocupo-me. De noite eu penso como o dia pode passar mais rápido.
Coronárias, as chamam. Pequenas veinhas decoradoras do coração aqui estacionado. As abundantes planejam traição ao coraçaõ que vestem. Mandam eu largar dessa vida sem oolhadas para frente, muito menos para o lado. É muito coração prra pouco corpo, oras! Só pode. Os allcools, os musos e os cigarros são desvio de culpa, inocentes.
Agora tu descobriu onde guardo meus demonios. Inferno particular que cultivo na berlinda de meus limites. meus limites?
Tu diz para eu me cuidar agora. Me cuidar pra ti, prevenir trabalho póstumo de sofrer? Noites à fio me tratando, que não faz nenhum cobertor que nos esquente. Eu em tuas pernas e tu dando-me elas para aumentar o tempo até eu cair. "Ei, ei fala comigo" e eu respondendo "Falo, falo mas se eu falho contigo? Se morre denonvo, benzinho?".
Se tudo morre, vai que aí eu viro e me vivo.
Cena: Hoje tu veio pro nosso canto, e pensei ter sumido todos meus problemas.Foi por pouco: Esperavam-me os safados em minha solidão.

Agora estou nutrida de desculpas.
É tudo culpa, da Proteína senhores, da Proteína.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Despedida Despida

já é madrugada
os magros consomem
ossadas
de sonhos raquídicos.
lágrima ímpar vira mar de dar dó
quando não há par de ombros
para lidar, dar-le lar.
sinto cheiro da tua fuga.
há um rombo em meus dedos.
estrondo e lição de morte:
- Nem sempre é preciso apertar a campainha
atras de compania.
se há perto
uma cama sozinha
e removida, com promos
de leito derramado.

na cômada, um bilhete:
"Não te encomoda,
eu me acomodei.
Perdi mais que os modos,
teu modo operante no meu pescoço ressentido.
Foi-se o meu batom da tua camisa.
Entrei em coma e sumiço de paladar romantico, sem susto
com surto, Ei
te amo, mas pensando, tá pesando.
Não quero, cansei."

Então tá.
Não te como mais, mas levo a faca.

(sujeitos aparecidos no sono)

sexta-feira, 12 de junho de 2009

e como poderiam falar os dois daqueles dois, e de que adiantava os nuances viajados sobre o cinema do oeste europeu e os escritos da América equatoriana, se no fundo e no raso, com os olhos presentes mas trocados, naquele barco quando se tocavam eram em assunto, e logo, o longo mundo ficava mudo.
Acontece que eles não estava no mesmo barco.
Estavam onde sempre estiveram (dentro demais de si), em suberbo diálogo interino interessado ao seu belprazer de nome próprio, a seu próprio amor de dor consentida, ascrescendo sozinhos uma divida de vida que se paga a corpus negados, cama vazia e café para um. Nesses medos ilegíveis para os frquentadores de vida mais atenciosos acabamos correndo para longe, procurando na perda um encontro. Só que a literatura fica, e daí eu chego e lanço umanumvem de fumaça para que com vergonha qeu verto, tu não veja minha face de desvia no momento dado em que digo "e nós, meu caro, não somos literatura", por que é uma mentira adeslavada suja que mais soa como uma catástrofe minha em elaborar um estrofe que não fale sobre a gente, mas tudo é sobre a gente e a gente é essas palavras rodadas na rua em close de inicio e fade de fim, ficcionamos tão alto o cume do mundo de cima daquele vão de escada que convencemos o próprio mundo a ficar maior para lançar um desafio a mais
As conversas, até as desertas, ficam tão deliciosas nas minhas memórias frescas. Naquelas caminhadas bairristas, éramos extremáticos e radicais: "Vemos e vivemos", e eu me sentia tão bem porque nós sabemos como a Oswaldo Aranha pode ser cruel quando falta cerveja, os sebos viraram banco e os bancos da praça estão todos molhados da chuva de ontem que me deu a tosse, artimanhã usada para te convencer a ficarmos os três em casa (se Bem que Miles Davis é sempre uma casa cheia e um causo alheio que dá voz a pulmão qualquer quye o ouça).

eu falei pra ele que de ficção as livrarias já tinham bolor, e que a realidade ciscava tanto meu imaginário oco por sua escasses no meu mundinhoque era nela qu eeu queria deixar se ser impar
Mas o mundo não são apenas janelas em frente a muros. E ela sai na rua para se convenver disso crente que não é um jogo, apenas jogadas a maioria sem estimulo de continuidade.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O Apanha-dor do campo de centeio

Nunca tinha lindo da página um inicio parra savber pelomenos, se tinha rima.Mas achava um máximo desfocado do real, essa tresloucura de um menino ser apanhador, tanto que eimaginava como lindo seria o campo longuquio e vivo, devia ser muito lindo pro tal do moço continuar a apanhar e receber despejos musculares de dores que parecem não cessar suas idas . Com nem a luz podendo ver a sua coragem, dado a cintura fina como de uma cortesã muy antiga, puro osso misturado a pele com musculos os necessarios apenas para se locomover e não muito rapido, não tinha dúvidas que além do fisicamente ele e esse apanhador e esse centeio, tinham muito em comum. Foi esse um dos motivos pelos quais ele não lerá o tal livro tão citado pelos meninos da sua idade e pelos aqueles que já tiveram a suua idade, porque simplesmente, não forá ele que o escreveu. Quando algúem tentava buscar um assunt paara que esse trouxesse uma conversa, e esse alguém falava de litaratura americana, ele logo dizia: "Já Li o Apanhador. Já Sadinger, nunca. Não deixei de apanhar por isso."
Era muito teimoso. Sabia que verdade não tem dono, pois cada um tem a sua. E ele tinha várias.Porque um menino bem letrado nunca é um mentiroso, mas sim, um bom contador de histórias. No final das jantas em família, fazia a voz surgir na garganta e sair a penas duras roçando e suas paredes até que a vibração fizessem vibrar no ar e nos peitos parentais, um som mais rouco e crescido, uma voz de homem fosse percebida. Era nesse timbre que contava a sua última saga que normalmente persuasões gustativas de um advogado em exercício, e normalmente terminavam ccom algo do tipo: "...e foi por isso que a professora tirou minha prova pois eu fui dar um jeito no terivel inseto que amendrontava...". Nessas horas o pai crescia o queixo com uma imensa risada e dizia: Tom Sawayer, Definitivamente, essemenino deveria ter sido noomeado de Tom Sawyer.
Chegou o dia em que descobriu que precisava de óculos. Aquela armação de ferro atá se arranjou bem com as faces do menino que tinha um jeito esquelético porem belo de aparentar. mas ninguém sabia dessa sua necessidade oftamologica. Os óculos só usava para ler, e ele não deixa-va ninguem o ver lendo. os livros guardavam segredo, tais como ele os dos livros, mas como sua boca não fechava nem para dormir, criava outras orelhas para suas capas.Um dia, enquanto bebia uma xícara de leite desnatado, parou por um esntante o ato e dedicouse a contrapor a lingua contra o liguido no interno de sua boca, com a intenção dessa o sentir e o exppelir em palavras gustativas. "É leite, mas não parece leite. Como explicar isso para as pessoas?"
Aí, foi que decidiu que poderia se tornar escritor.
Mas o tempo se aconchegou , e ele virou degustador de estabelecimentos alimentícios, com ênfase em bebidas de cevada.Ganhava bem, mas mas não deixará de sonhar com o Campo, Ganhava bem, mas mas não deixará de sonhar com o Campo, aquele vivo e longuiquio, nem do apanhador, daquele livro que não leu, mas sobre seu autor, já sacou tudo. E como. (com bebes!)

sábado, 6 de junho de 2009

eu falei pra ele que de ficção as livrarias já tinham bolor, e que a realidade ciscava tanto meu imaginário oco por sua escasses no meu mundinhoque era nela qu eeu queria deixar se ser impar.
Saiu e deixou o corpo
Ele saiu e deixou o corpo, um corpo com as linha da pele de sua mão. Foi cedo, deixou -me no sono uma promessa, na esquina das paredes do quarto, o corpo de seu violão.Mas não é só.
a medida que o tempo passa, as voltas do relogio ficaram mais sensuais nem sei como




Quando ele me toca, não á maestro que faça parar.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Entrou afoito, como quem já tem carta de morte. Vasculhou com olhos semi-aridos as paredes nos detalhes do tempo, o tempo que sentia que passava mas não sabia o quanto. Aos olhos foi a imagem daquele circular objeto pisicionado no prego frouxo a um metro e la vai do chão. Na pausa ele quase esquecerá de que não estava sentado, e cambaleou para ambos os lados até o equilibrio baixar decreto. Pasmado corria pelos ponteiros os olhos magnificos em sintonia, sem paradas agoniantes, de ferro com ares de oxigenação intensa

terça-feira, 19 de maio de 2009

Juízo Inicial

Nunca troque um amor por um romance.
Escute bem.
Você não pode ter-se,ver-se os dois.
Porque quem amou de verdade bão há de trocar tempo por papel.
Porque quem ama não tem tempo.
E consequentemente, todos romances escritos foram escrito por romanceiros e não amaram nem milimetros além de sua propria margem.Quem ama vive em tres tempos, aqui e futuramente, e vive por dois, o ele em si, o ele no outro e o outro atée tambem.E qeum ama nao escreve pois´não consegue mentir, e quem ama jura que é feliz e romances doem, e romances tem fim, e romances pedem tempo cabeça e sangue e corpo que se quer ocupar de outro.
E quem quer um romance, quer um espelho pra se amar. Ama a si e somente, e o resto é personagem, e o mundo se apodera e faz o que quer com uma tinta e um papel.

Por que romances tem finais e finais tao tristes.
E quem ama, é, acha que é feliz.

A, já ia esquecendo.
Euu achava que era triste.
Agora, tenho certeza,
mas romances ja nao escrevo mais.
Não sei lidar com finais
a nao ser,
o meu
do meu
ser.

E não se pode ser dois assim, quando tem-se outro para se amar também..

Não se pode escrever sobre o que se tem.
Nós escrevemos em busca
amamos
em contentamento.
Quem escreve reclame e cnvence a vida
a dar vida além do papel tambem.

domingo, 17 de maio de 2009

Atrás das bocas das meninas sérias

vou viver rapido para fazer magica dar certo. Vou ser atleta com minha culpa levando culpa que adoto em troca de bons momentos.
E eu vou te mostrar que a vida é linda porque a feiura dela eu vou engolir todinha sem ninguem ver.Vou te fazer pulsar os montes por poesia diaria, porque vou te mostrar que todos os dias são poesias. A tristeza meu bem, ela tem dentes e as vezes em beijo longa-metagem, elas beliscam e até é bom. Tu vai ver como a contradição é boa e riso molhado é atestado de vida quando vale a pena, tem alguem que te tire a pena e fite teus olhos mesmo em sono. Coração conta.Eu te conto uma viajem alucinante que nem aconteceu para que tu saiba que nós vamos pra onde queremos quando temos uma querência que nao se despede. Te digo que teu corpo é obra e ferramenta de mundo ao mesmo tempo e sentar a mesa para comer a razao comportada tambem é capa de revista que vale ser lida. E vou te alertar: Amor final de semana não casa com a minha forma, porque o tempo de amores meus vem sempre no plural e, alem do mais, detesto finais. Tudo dura porque memoria nao morre facil. E eu vou te repetir sempre: Hey, te ouve mais esquece o que houve menos, arranja vontade para o que lustra teu olhinho e o faz brilhar, porque nenem, teu oolhinho desde que abriu ja nao é mais teu e é dessa luzinha constante que encontro motivo que me encante para nao precisar ser rapido para fazer essa magica,
vivermyfaller,
dar certo.

Diálogo mudo sobre mundos

- Não o mundo não é uma ilha, é um moinho!
(...)
- Foi isso que disse Cartola há tempos atrás e ainda vale para esses presentes astrais.
(...)
-Entende? O mundo não é uma ilha.Então não chora. Não dá água pra ele que esse se convence fácil.
(Daí chega o mundo na sala e todo mundo fica quieto com cara virada)

sábado, 16 de maio de 2009

Cat Power is me.

"Where is your love?" - Ela me pergunta confotavelesca e dramatica, flacida e afirme, com palavras charadas choradas, com sobrancelhas espaciais anti-gravidade como se, de mi, soubesse até as palavras moradoras das últimas linhas do capitulo do meu lástimo capitulo final, como se, conhecesse, o antes e o depois futurado ajudasse a maquiar também, eu, mais previsivel do que visivel, mais sangue do que veia do que via, mais corações do que corpo, como se: euzinha aqui, fosse balde de arte, banco de olhos, estrela agora cratera, tãtãotão complexa e desnexa, minuscula/mazima presença que, daquele tanto daquela festa de prestações de vida, daquele rock quebrado com sapatinhas sujas, me visse, ela, eu daquele canto me visse eu inteira.
"Where is?" ela continua com persistencia de um soberano na arte de perder nunca. Não desiste de me ameaçar a sanidade que eu guardava para caso somente de mergencia, por ventura sem romance pudesse entrar repreise de drma na programação dessa madrugada que esvaindo-se nunca acaba.."whereiswhereiswhereis", ela é adepta a essa reptição secuelada, a essa matris produção em seriie, de vencer pelo cansaço, mas cançada e perdida eu já estava.E eu pensava com os botões que nem meus eram, eu nem te conheço conheço mas já quero saber com quem anda, em que velocidade e onde tu quer ir, para eu nunca apaarecer por lá ; eu tenho uma garrafa com cerveja geladinha que vou esvaziar de verdade, para matar a verdade, que contratei para pegar essa puta truth e tu me vem e me vomita tudo de novo., E, e e eu logo jogo os olhos cruzados pra cima como se eles caissem no chão e dessem cara, me desse cara para mentir e dizer meu amor é voce, porque voce mehouve eu tando surdamuda e nunca tendo cruzado a tua casa, e mesmo morando na rua, tu pe dá casa, porque tu escutta Cat Power e se tua guenta ela, mulher que corroi até o preto não só das unhas e bebe até o resfriado gelado nos vidros dos copos, a minha realeza em decadencia o meu labirinto sem chão nao será surpresa, eu amo voce porque falou de amor em uma festa que todos comeentam somente as roupas mais da moda esquecendo que isso molda um coraçãozinho mais grosso, o que é bom para essa terra de egos com controle sem fio e com pilha, pois assim resistem a mais facadas poéticas bocagianas em pé, mesmo que sozinhos e vestidos, sintnam frio.
Mas eu te odeio.
Coloca de graça o que opaguei tão caro (galho), essa tua poetica alccolizaada caiuu tão sobria que meus olhos nem levantam maisnem levantam mais nem levantam mais, nem levam algo a mais

(continuação)

terça-feira, 12 de maio de 2009

E no ultimo parágrafo eu nem vejo porque continuar a escrever.
Já que o fim eu sempre soube e nunca entendi,
e o inicio é bem mais belo do que qualquer coisa.
Encaro o quarto limpo de sujeira e quase esqueço que memoria suja também.
E os livros estao todinhos enfileirados, os CDs mudos a porta aberta mas sem deixar-se ser vista alem.
E ali tu nao tás.
E aqui eu penso quantos momentos ainda tu me rouba so por não estar aqui.
Se não sobra ar para por em pratica minha voz, com que voz te gritarei nem sei mais.
Mas vai ver que da minha boca teu ouvindo não compreende como antes minha lingua.
E me dá medo que se despedidas sejam sempre só fisicas e dizer adeus nao seja o mesmo de tu continuar a fazer bagunça
na minha cabeça que jura nao te querer.
O que foi tu que passou sem passagem levou a roupagem desse meu figurino de viver que eu achava que tanto combinava?
Agora tenho certeza.
Quando tu correu pra ca, como fui idiota, poderias muito bem correr para longe também.
Porque tu tem mais corações que corpo e se tu para o mundo perde um pouco da força do seu giro.
E eu, que ja sou egoista em ter dor so pra mim, nao faria da felicidade que abanava pela tua mão,
so de meus braços ao exemplo.
Me perguntarei sei, que sim, e já guardo linha de tempo e resposta: Acabou a minha ronda na tua rotina,
a minha onda fez mexer-se o azul da sua retiina? Tenho medo de virar apenas um papo que passa o tempo,
num restaurante barato e tempo caro.
So terra para o seu muundo.
sem terra.
Não sei e de disturbio ja me chega o barulho dda tua turbina que nao vai emobra no meu sono.
Mas talvez entender mesmo eu não saiba, mas sentir já seja mais simples.
Porque agora com esse quarto comportado a espera de surto mental, com CDs em vigília e livros enfeitantes, a fumaça do meu cigarro é a unnica coisa que desafia a se mexer ao longe do meu controle. E eu a trago e nem vejo que ela que me tem mais do que eu quero, porque tal como você, tal como a carona do vento que te trouxe e te levou, essa tragada eu gosto e nem sei porque. Entre meus dedos pensei te manter aceso pra sempre mas a cinza cai em silencio e a gente nem nota que nenhuma nota mais é capaz de fazer tocar a musica de antes.
Eu te convido pro meu corpo pela porta da frente , você cede mas tua sede não cansa e tu sempre vai em busca de tudo menos contentação.
Nem esse cigarro tu.
Apareceu, logo em vista, lgo nos lábios que nem percebi e goste tanto mesmo sabendo que me mata um poouquinho a cada, a cada tempo esse que passa me leva a vidinha que só coloca sentido tirando , que me conquista mesmo indo embora, e eu continuo a tragar e me estragar
e eu desejo. Porque do contrario nem eu
seria mais.

domingo, 10 de maio de 2009

Primeiro, veio o choque tendo eu de testemunha e pista de teste livre onde ele bateu bateu tanto que náo sentiu mais nada pois nada mais tinha para sentir.Logo, mal de um olho ficou cega de um passado, aquele energetico de futuro figura a ser colada e fazer cheiro na rotina dos dias e nas interpretacoes dos sonhos, sonhos esses que pararam por falta de comida de boca excessi de partida, partido o sonho sem reparte porque agora eh so ela ali, so osso sem carne e resta o cheiro que ela sabe que vai embora que ela sabe que confundi mas quer tanto ao ponto de ficar parada para convercer o tempo de p[arar tambem e fazer tudo de novo, ou fazer tudo que nao pode antes.

em seguida, apele, essa espasmada sem marca

quarta-feira, 22 de abril de 2009

quando for novembro eu nem mais lembro.
juro às vistas desse tempos em obras que sobra no teu olho bêbado da minha fala errante.Errante, eu sei.Li tanto as entrelinhas, dona moça, que nem me dei conta que esse roteiro de felicidade as cegas, contrabandeada da galáxia fulgaz, tinha encontrado um fim bem vintage na última página.Bem com a tipografia aquela, clássica que chega a ser ácida nesse tapete preto da modernidade.Bem feinho até, esse fim que tu fez questão de soletrar (ihateyouso), já virou minha língua materna (e a multidão nem muge), filme chato.

sábado, 11 de abril de 2009

Com verso

Soluço problemático

Eu tenho grandes problemas.
pensava antes, exisir eles
somente
em mentes
pequenas.

Eu já menti quadras para não ter problemas.
Fiz sol de papel para diversas cenas.

E, em momento caduco
previsão de sobra de tempo
até arranjei alguns por prestação.
Semana passada, peguei uns emprestados
-veja só-
juntos por ações prestadas viraram solução
Para um nome antes só meu
que tinha virado apenas,
mais um número na agenda.

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Viver é a tua dor, Lenita?

sábado, 14 de março de 2009

A mesa está suja.
Derramou água, só.
O que tem teu olho?
Pó.