já é madrugada
os magros consomem
ossadas
de sonhos raquídicos.
lágrima ímpar vira mar de dar dó
quando não há par de ombros
para lidar, dar-le lar.
sinto cheiro da tua fuga.
há um rombo em meus dedos.
estrondo e lição de morte:
- Nem sempre é preciso apertar a campainha
atras de compania.
se há perto
uma cama sozinha
e removida, com promos
de leito derramado.
na cômada, um bilhete:
"Não te encomoda,
eu me acomodei.
Perdi mais que os modos,
teu modo operante no meu pescoço ressentido.
Foi-se o meu batom da tua camisa.
Entrei em coma e sumiço de paladar romantico, sem susto
com surto, Ei
te amo, mas pensando, tá pesando.
Não quero, cansei."
Então tá.
Não te como mais, mas levo a faca.
(sujeitos aparecidos no sono)
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