um grito
deu duas voltas na casa e aterrissou no centro da mesa > todos estavam
proibidos de se levantar> até que a refeição até que não tivesse mais
refeição jantar> dizia o grito> eram uns 4 ou cinco> em processo ou produção prefácio de
amigos> suas idades não combinavam altura> mas as cabeças conheciam o
teto>um parecido sem forro e com cheiro de maduro sem prova> um deles Vitor> pintor ou talvez desconhecido> de fato era gordo de
relance> não parecia se importar> falava de figos que na infância
adorava> mas hoje, terremotos no ventre só de imaginar> perto dele >Clea> não
parava de conversar> o que é estranho porque o que? há dois meses não comia> supostamente o pai era
para ser curandeiro ao invés disso virou uma foto> ela contava de quando
plantou oliveiras na tunísia mas nunca as chegou a vê-las realmente> e hoje isso é a
tunísia> cadê tunísia?>por saudade não se refiria a nada duas vezes> na coreia como
estaria o sexo> comentou arthur> ao perceber o assunto ganhando limbo mudou
assunto>Arthur que ao falar de sexo na verdade falava dos figos> os figos de Vitor
falava de terremotos falava de ventre e não queria imaginar> Arthur nunca
haverá em Arthur uma tunísia> que triste sabia Clea> mas não arrotava denúncia > hoje já não sei acordar como antes> hoje só
durmo no chão> deixa escapar Lúcia> a confissão piora> saio com homens
e mulheres> digo que vou os levar ao chão> aos pés> e e os levo
mesmo> mas não do jeito que invetam> tenho medo de altura e por isso no quarto meu quarto não tem cama> só posso dormir em casa> de sexo gosto> mas só embaixo bem
embaixo> equilíbrio em todos os lados> todos são silêncio e qualquer escape deslize é vulgar>passam-se dias> semanas> anos> o presidente muda> o mar vira nuvem e mar de novo> quando a comida ficará
pronta> vitor pergunta> ele que é gordo> ele que adorava figos> mas
hoje não transa> mas na verdade transa muito mais do que pensam> quem fez
a comida pergunta Lúcia> quem irá trazer a janta diz Clea> Vitor lha para
Clea> quantos anos faz que não ela não fode> pensa mas não diz> já é gordo
mas não indelicado> daí já é demais> quem finge que não ouviu o
pensamento de Vitor é Arhur> ele evita olhar para Clea> não quer passar o
recado outro o errado> ele não transará com ninguém hoje> muito menos levará um cu na memória na casa> ainda mais com
ela a pena máxima> ele não transaria nem com o próprio pau> na verdade
gosta mesmo é da vida dos sabonetes e não o contrário> Lúcia só escuta> e aperta os bicos dos seios para amansar um frio na barriga> nas pernas> na tudo> então é isso Vitor
acusa> não há comida não há janta e não podemos sair da mesa> Arthur os
lembra> nunca saíram jamais dessa mesa> as pernas estão dormentes> é mesmo> concordam as
mulheres> enquanto comem a fome> juntos comem a fome> até Vitor tirar do bolso> uma trufa> e comer sozinho> devagar.
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