Eu vejo crime nos teus olhos mon chéri. Sei disso mesmo ignorando esse abuso de preto profundo que tu chama de maquiagem, mancha de petróleo gigantesca em torno desse mar aberto que é o azul dessas tuas vistas, caixa de correio, arma de hipnose. Sei de tudo, porque em uma deproposital virada de canto sem querer a percebi inteira. Enxerguei - além da meia-calça estrategicamente cortada e da camiseta decotada cuidadosamente escolhida pra guerra - uma vontade de escrever uma história, a tua, dessa noite. E eu sei reconhecer uma história quando vejo uma.
Encaixotando aula logo em início de noite-semana, inevitavelmente a minha cabeça retoma ao momento que tu falava em mudar mudar mudar, seguido de eu sei que tu vai achar idiota, e eu apenas pensava, se é pra ter a cabeça girando, melhor que seja na pista de dança. E aquele plano de guiar-se rumo ao interior indo rumo ao interior do estado, lama e roupas de tia, galochas e pele banquete de mosquito, o que aconteceu. Enjoou do verdizinho, tão insistente e monocromático, não conseguiu conviver sem saber qual era o grupo terrorista mais mainstream e a beldade mais liquidada pelos tablóides, se chateou do papo com os pássaros, os coelhinhos, do contato com a natureza viu que ela também busca contato, coelhinhos com coelhinhos, passarinhos com passarinhos, enfim, sexo sexo sexo, o mesmo bafafá de quem ficou com quem em qual lado da vegetação pampeira. Desistiu de ir estudar na Espanha?Entre catalões, bascos e castelhanos prefirou não prefirir, não ter que economizar o dinheiro da macoinha, não estudar tanto, aulas de espanhol sábado de manhã e filmes da península ibérica sem legenda na hora de dormir, horror horror.
Vamos fingir adivinha-adivinha, eu digo direitinho o que você é e quer e você responde sendo ou não. Digo, a tua juventude é fraca, e tu chora vendo uma criança perdida no meu de um flora e fauna humana gigantesca, e ela de tão apavorada não grita então percebe, a criança é você, teu amor é um moinho, e derrepente tu bebi um copinho de cerveja e da umas olhadas enigmática por trás do balcão, procura um homem que queira brincar de ser garoto, um ar novo para um choro sempre à secar, tu sente necessidade é de viver presa, e tu me pede um abraço e como sempre quando se trata de usar as duas mãos, espera que eu me dirija a ti, eu te aperto pra testar se você reclama da pressão mas pelo oposto, parece gostar bstante, tua mania é o silêncio, e tu está no quarto televisão ligada, livro aberto, mp3 funcionando e tenta adivinhar qual era o quadro que estava pendurado naquele prego agora tão só ao lado do teu guarda roupa.
Tu é uma menina sempre menina criada com pais que sempre lhe deram boas músicas, à sombra de um cinema de europa, faces bem construidas, guabardinis, espumante, mais do que ao acaso, descpobriu que essas músicas tristes e o cinema do norte tinham inspiração nessa vida, que agora se apresenta tão bem pra ti, sempre regada a uma melancolia que é da idade, que é de sempre. Naquele pincel que te davam pra fazer um desneho livre quando a aula no colégio se aproximava do fim,era tão fácil desenhar uma casinha e tudo o mais. Me intristece tu não levar mais lápis de cor dentro da tua bolsa.
Hoje vagarás sobre essa rua atrás do desperdício, com barriga grande. Entrará em locais lotados, se assmiliarizara com seus movimentos padrões pra se esquecer de toda vez que não reagiu a uma frase que poderia trazer aquela oportunidade de sair com ele, se ser amiga dela. Fará questão de ignorar o serviço dos táxis, mesmo guardando dinheiro colhido durante o mês que testou a paciência e reprovou a si mesma, pois irá a pé para se sentir a mercê da noite e seus convidados. Em um bar reconhecido, Ao lado do banheira, à esquerda de quem sai, reconhecerá uns amigos, aceitará um drink levezinho pra varre todo aquele peso de tomar decisões. Eles a convidaram pra uma festa, lá na zona sul, apartamento do filho que é irmão de alguém, ex namorado de alguém e você abaiixa os olhos esperando que alguém insista e de previsto insistem, e você aceita. Hoje não usará drogas, ainda lembra do início do ano da sensação de fim do início do ano, e apenas usara as pernas sem bom senso e a boca pretensiosa.
Eu queria estar contigo, te dar um passe um viva la vie, poder entrar no banheiro feminino contigo e dar alguns conselhos sobre o que fazer com quem fazer. Queria resgatar nossa conversa da mesmice falando, você lembra daquele dia, foi tão bonito. Pegar todos os pedaços do desenho que você fez e rasgou na mesmo hora e te mostrar que você quase deixou um pedaço seu por aí. Mas talvez assim seja melhor pra ti. Tu sai pela madrugada a envelhecer, a procura dele mais crente de que ele está a tua procura, porque se perguntassem tu responderia, ele que não apareça na minha frente. Já sei, isso explica tudo. Por isso tu sai sozinha, e gosta da companhia de homens desconhecidos, porque no bar do Mario, na esquina da independência, algum cafundó com música pra se perder, ele pode estar bem vestido e bem bonito, ele sempre tão bonito e tão bem vestido, e você logo estará tão bem bêbada e sem classe, que já não terá que se preocupar em quais desculpas usar depois,como explicar aos amigos, ao cachorro que reconhecerá o cheiro, ao espelho que provará a catástrofe. Quer que ele te agarre sem querer, sem muito bem entender, para que não precise sentar em um café num domingo nublado e conversar conversar, discutiir discutir, tentar descubrir quem é aquela pessoa de belos dentes e barba rasa, não precisar ouvir que ele te ama repartindo-se também entre as outras.
Agora você se despede de mim, me dá um beijo no ar, que não chega a encostar na bochecha direita. Diz que amanhã me liga, que sábado vai ter sol e exige uma corrida no parque, uma visita a feira no centro, um filmeco lacrimal bordado com chocolate. Parece que tu sabe pagar muito bem essas penitências, tu é tão linda tão linda mas tão esquiva a quem te diz isso, tão desprotegida por traz dessa independência imatura. Solta minha conversa e vira as costas, abrindo caminho na inércia da avenida. O teu maior crime é viver a mesma históra xuxu, aquela que sempre te doeu por inteira, mas o amor é assim, tira pedacinho por pedacinho e o resto a gente gasta tentando achar substituto. Amanhã me liga e diz que ta bem porque ainda viva, o resto a gente resolve depois. Espero que tu encontre o que tanto procura nessas migrações noturnas, espero que tu o veja mas não enxergue nada nada mesmo. O teu sonho pequena, tu vai conhecer só mesmo depois de acordar.
Encaixotando aula logo em início de noite-semana, inevitavelmente a minha cabeça retoma ao momento que tu falava em mudar mudar mudar, seguido de eu sei que tu vai achar idiota, e eu apenas pensava, se é pra ter a cabeça girando, melhor que seja na pista de dança. E aquele plano de guiar-se rumo ao interior indo rumo ao interior do estado, lama e roupas de tia, galochas e pele banquete de mosquito, o que aconteceu. Enjoou do verdizinho, tão insistente e monocromático, não conseguiu conviver sem saber qual era o grupo terrorista mais mainstream e a beldade mais liquidada pelos tablóides, se chateou do papo com os pássaros, os coelhinhos, do contato com a natureza viu que ela também busca contato, coelhinhos com coelhinhos, passarinhos com passarinhos, enfim, sexo sexo sexo, o mesmo bafafá de quem ficou com quem em qual lado da vegetação pampeira. Desistiu de ir estudar na Espanha?Entre catalões, bascos e castelhanos prefirou não prefirir, não ter que economizar o dinheiro da macoinha, não estudar tanto, aulas de espanhol sábado de manhã e filmes da península ibérica sem legenda na hora de dormir, horror horror.
Vamos fingir adivinha-adivinha, eu digo direitinho o que você é e quer e você responde sendo ou não. Digo, a tua juventude é fraca, e tu chora vendo uma criança perdida no meu de um flora e fauna humana gigantesca, e ela de tão apavorada não grita então percebe, a criança é você, teu amor é um moinho, e derrepente tu bebi um copinho de cerveja e da umas olhadas enigmática por trás do balcão, procura um homem que queira brincar de ser garoto, um ar novo para um choro sempre à secar, tu sente necessidade é de viver presa, e tu me pede um abraço e como sempre quando se trata de usar as duas mãos, espera que eu me dirija a ti, eu te aperto pra testar se você reclama da pressão mas pelo oposto, parece gostar bstante, tua mania é o silêncio, e tu está no quarto televisão ligada, livro aberto, mp3 funcionando e tenta adivinhar qual era o quadro que estava pendurado naquele prego agora tão só ao lado do teu guarda roupa.
Tu é uma menina sempre menina criada com pais que sempre lhe deram boas músicas, à sombra de um cinema de europa, faces bem construidas, guabardinis, espumante, mais do que ao acaso, descpobriu que essas músicas tristes e o cinema do norte tinham inspiração nessa vida, que agora se apresenta tão bem pra ti, sempre regada a uma melancolia que é da idade, que é de sempre. Naquele pincel que te davam pra fazer um desneho livre quando a aula no colégio se aproximava do fim,era tão fácil desenhar uma casinha e tudo o mais. Me intristece tu não levar mais lápis de cor dentro da tua bolsa.
Hoje vagarás sobre essa rua atrás do desperdício, com barriga grande. Entrará em locais lotados, se assmiliarizara com seus movimentos padrões pra se esquecer de toda vez que não reagiu a uma frase que poderia trazer aquela oportunidade de sair com ele, se ser amiga dela. Fará questão de ignorar o serviço dos táxis, mesmo guardando dinheiro colhido durante o mês que testou a paciência e reprovou a si mesma, pois irá a pé para se sentir a mercê da noite e seus convidados. Em um bar reconhecido, Ao lado do banheira, à esquerda de quem sai, reconhecerá uns amigos, aceitará um drink levezinho pra varre todo aquele peso de tomar decisões. Eles a convidaram pra uma festa, lá na zona sul, apartamento do filho que é irmão de alguém, ex namorado de alguém e você abaiixa os olhos esperando que alguém insista e de previsto insistem, e você aceita. Hoje não usará drogas, ainda lembra do início do ano da sensação de fim do início do ano, e apenas usara as pernas sem bom senso e a boca pretensiosa.
Eu queria estar contigo, te dar um passe um viva la vie, poder entrar no banheiro feminino contigo e dar alguns conselhos sobre o que fazer com quem fazer. Queria resgatar nossa conversa da mesmice falando, você lembra daquele dia, foi tão bonito. Pegar todos os pedaços do desenho que você fez e rasgou na mesmo hora e te mostrar que você quase deixou um pedaço seu por aí. Mas talvez assim seja melhor pra ti. Tu sai pela madrugada a envelhecer, a procura dele mais crente de que ele está a tua procura, porque se perguntassem tu responderia, ele que não apareça na minha frente. Já sei, isso explica tudo. Por isso tu sai sozinha, e gosta da companhia de homens desconhecidos, porque no bar do Mario, na esquina da independência, algum cafundó com música pra se perder, ele pode estar bem vestido e bem bonito, ele sempre tão bonito e tão bem vestido, e você logo estará tão bem bêbada e sem classe, que já não terá que se preocupar em quais desculpas usar depois,como explicar aos amigos, ao cachorro que reconhecerá o cheiro, ao espelho que provará a catástrofe. Quer que ele te agarre sem querer, sem muito bem entender, para que não precise sentar em um café num domingo nublado e conversar conversar, discutiir discutir, tentar descubrir quem é aquela pessoa de belos dentes e barba rasa, não precisar ouvir que ele te ama repartindo-se também entre as outras.
Agora você se despede de mim, me dá um beijo no ar, que não chega a encostar na bochecha direita. Diz que amanhã me liga, que sábado vai ter sol e exige uma corrida no parque, uma visita a feira no centro, um filmeco lacrimal bordado com chocolate. Parece que tu sabe pagar muito bem essas penitências, tu é tão linda tão linda mas tão esquiva a quem te diz isso, tão desprotegida por traz dessa independência imatura. Solta minha conversa e vira as costas, abrindo caminho na inércia da avenida. O teu maior crime é viver a mesma históra xuxu, aquela que sempre te doeu por inteira, mas o amor é assim, tira pedacinho por pedacinho e o resto a gente gasta tentando achar substituto. Amanhã me liga e diz que ta bem porque ainda viva, o resto a gente resolve depois. Espero que tu encontre o que tanto procura nessas migrações noturnas, espero que tu o veja mas não enxergue nada nada mesmo. O teu sonho pequena, tu vai conhecer só mesmo depois de acordar.
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