sábado, 1 de novembro de 2008

Cena Noite Mastroianni

(um) Barbam bar

Em um lugar a direita do fim do mundo, um bar sujo de gente, nossos três personagens desta noche se derramam nas cadeiras, pedindo para que elas os separem do chão e os sustente, pelo menos, até o proximo copo de cerveja barata.
Os últimos tostões a mesa, a espera.Os ultimos namorados no balcão,estouros, (obalão se vai) a despedida.
Depois de tempos de silencio ela se convence e, em um pedacinho de papel encontrado dentro da bolsa, roubado de lugar qualquer, escreve com grafia em jejum um texto que chegou tossindo e não tem cura, mas que tem voz:

"...meus amiguinhos de hoje, estão tão down.Já marcaram hora com o chão sem corda.(acorda).
Os olhos de relógio giram, giram, mas não apontam para nada.Sabem que se marcarem hora com a sra.vida, perderam de redopiar.O que eles esperam?Será que vem das bolhas da cervejaamarelada que toma o tempo da mão suja de fumaça?
Se levantarem cairam por medo de chegar a algum lugar que saibam o caminho.E eu que não uso esforço pra riso, acabo vendo no estorvo um alivio.
sinto pena.elameacena.sinto pena.E a minha pena, é ter que tomar seus olhos como meus "

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